Volta teu rosto sempre na direção do sol e então as sombras
ficarão para trás.

terça-feira, 27 de março de 2012

Oi, Sociedade?

Quando foi que as pessoas perderam noção de espaço? Quando foi que elas pararam de se importar com as suas vidas, e foram cutucar, mexer, importunar a vida das outras pessoas?
Quando foi que os seres humanos passaram a agir tão cegamente, chegando ao ponto de desumanizarem?
Você, que age como um cego hipócrita, que prega a humanidade, a igualdade e o respeito, por que você não passa a FAZER o quediz, e não só dizer o que pensa?
Onde é que está o seu caráter?
Uma vez eu ouvi " Caráter é o que você É quando NINGUÉM está te vendo ". Já que ter Caráter é ser assim, então eu acho que você, que importuna pessoas que nem falam com você, não tem, e nem chega perto de ter.
Você que diante de uma parte da sociedade age como o melhor e bom samaritano, tem a sua máscara caída e minuciosamente revirada por aqueles que experimentam do seu pior. Mas cuidado, porque aqueles que experimentam do seu pior, que compartilham da doce amargura do seu CARÁTER redundantemente HIPÓCRITA, é que um dia hão de te julgar, e hão jogar todo esse lixo, toda essa escória, toda essa falsidade na sua cara. E aí, quem sabe, você vai acordar. Não porque eu estou supondo que sim, mas porque a vida HÁ de lhe mostrar que o que aqui se FAZ aqui se PAGA! (Amanda Muzzio 27-03-2012)

quarta-feira, 7 de março de 2012

Afã

Existem dias, em que você acorda, e percebe que tudo a sua volta está a um passo de mudar.
Olhamos ao nosso redor, analisando as coisas... O mesmo livro na estante, a roupa de sempre pendurada... Aquele texto que você não consegue acabar, o sol entrando timidamente pela janela te desejando bom dia, e te avisando que talvez você possa se atrasar.
E nessas frações de segundo, em que você se senta e percebe que apesar de tudo igual, está tudo diferente, é que você toma conhecimento de que a mudança não é externa.
Então você fecha os olhos, e sente a brisa do ventilador -ainda ligado- batendo em seus cabelos e na pele, que por ficar descoberta estava fria; A respiração ainda calma, mas existe um ponto, um ponto que está agitado mais do que o normal.
Na mente, alguns flashes de imagens te fazem lembrar de alguém, provavelmente em algum sonho, que você faz força para não esquecer. Talvez deva ser um sonho recente. O que significa que existe uma ideia fixa no seu coração.
E por impulso, abro os olhos ao pensar na palavra coração, e identifico rapidamente, o que estava acontecendo o tempo todo, e só eu não percebia. Ele bate mais rápido do que o normal hoje, não exageradamente, mas diferente o bastante para se fazer notar.
Na caixa de som a música tocando. Aquela de sempre, que me remete um sentimento indecifrável, mas bom.
No espelho, consigo ler em meus olhos a letra da música, que decifra com coesão os pensamentos embaralhados.
As tarefas matinais são rotineiras. O que me salva dessas redundâncias são os pensamentos, sempre difusos e claros, sempre definidos e variantes.
(...)
E o ponto final me leva ao destino, sorrindo. Mesmo sabendo que não irei te encontrar lá, sei que posso te encontrar na mente, reprisando as memórias que guardei ao seu lado. Sei que posso te encontrar nas músicas, cantando os versos que sorriem para mim como o seu sorriso tímido. E melhor ainda, sei que você vai estar comigo, em cada batida do meu coração, e cada batida que ele perder também. Em cada suspiro, que eu insisto em dar... Sabendo que não são os pássaros lá fora que me fazem sorrir. É aquela mesma música, que me lembra a mesma coisa: Eu. Tenho. Você.

segunda-feira, 5 de março de 2012

Açaí.

Não sei se choro de tristeza ou agonia... Não sei se é porque eu estava vivendo sob a luz do teu sorriso e do nada, eu sinto que ele foi arrancado do seu rosto. Acho que são os frutos de ter um coração mole demais... Ou levar muito a sério o ofício de ser amiga: Sorrir na alegria, e sentir a dor do amigo, mil vezes pior no coração.
O vento soprou o meu caminho. Eu não sei para onde ir. Eu só consigo encontrar as minhas pegadas, que deixei atrás das tuas. Marcadas na areia, no meu passado recente.


Açaí
Djavan
Solidão de manhã, poeira tomando assento
Rajada de vento, som de assombração, coração
Sangrando toda palavra sã

A paixão puro afã, místico clã de sereia
Castelo de areia, ira de tubarão, ilusão
O sol brilha por sí

Açaí, guardiã
Zum de bezouro um imã
Branca é a tez da manhã